Uma Caminhada Uma Árvore

Uma Caminhada uma Árvore Plantada

Uma Caminhada uma Árvore Plantada é o que na Andamento Turismo Aventura nos propomos realizar na Serra de Sintra. No âmbito das comemorações do Dia da Árvore e da Floresta iremos plantar várias Árvores em locais apropriados.

Espécies arbóreas florestais utilizáveis em Portugal continental, algumas delas vamos plantar nas próximas caminhadas.

ESPÉCIES INDÍGENAS

Resinosas – zimbro-comum ,oxicedro ,sabina-da-praia ,pinheiro-bravo ,pinheiro-manso ,pinheiro-silvestre e Teixo 

Folhosas – medronheiro, castanheiro ,alfarrobeira ,aveleira ,Freixo ,azevinho ,loureiro ,macieira-brava ,zambujeiro ,choupo,cerejeira-brava,abrunheiro ,carrasco ,azinheira e sobreiro.

ESPÉCIES NÃO INDÍGENAS

Resinosas – cipreste-do-Buçaco ,cipreste-da-Califórnia ,cipreste-comum ,pinheiro-de-Alepo ,pinheiro-larício.

Folhosas – acácia ,marmeleiro ,eucalipto ,espinheiro-da-Virgínia ,alfenheiro-do-Japão ,choupo-híbrido ,salgueiro-chorão ,vimeiro-vermelho. 

A diversidade climática de composição geológica e consequente riqueza dos solos permitem grande diversidade de flora, de características essencialmente mediterrânicas, ocidental-mediterrânicas, atlânticas .

O litoral do Parque e a Serra de Sintra estão incluídos no “Sítio Sintra-Cascais”, inserido na Rede Natura 2000, rede europeia de espaços naturais e espécies da fauna e da flora protegidos para conservar a biodiversidade europeia. O Sítio apresenta uma significativa diversidade de habitats e de endemismos.

Para a Serra de Sintra estão assinaladas cerca de 900 espécies de flora autóctone, metade das quais são mediterrânicas ou oeste-mediterrânicas.

Características Florestais da Serra de Sintra

As condições climáticas da serra de Sintra resultantes do microclima, relevo e solo, permitiram o desenvolvimento de uma flora densa, diversificada e luxuriante. Contudo, esta exuberância resultou sobretudo da acção humana, que modificou a paisagem quer através de incêndios, quer através de introdução de espécies exóticas.

No séc. 16, D. João de Castro iniciou na sua quinta da Penha Verde a introdução de espécies exóticas, como cedros, carvalhos, faias-das-ilhas e pinheiros, deixando a natureza agir por si e encontrar um novo equilíbrio.

Nos séculos posteriores, aristocratas e burgueses abastados plantaram espécies exóticas, nos jardins e parques das suas quintas e “villas”. Estas intervenções mais intensas durante o séc. 19, em pleno período do Romantismo, tiveram como protagonistas D. Fernando II e Sir Francis Cook.

Introduziram no parque da Pena e de Monserrate espécies de todo o mundo, com destaque para espécies características da Macaronésia, como o feto-dos-carvalhos, o feto-de-botão, o Asplenium hemionitis e o Dryopteris guanchica.

O repovoamento florestal iniciado no século passado teve efeitos perversos: a introdução de espécies, como pinheiro-bravo (Pinus pinaster), eucalipto (Eucalyptus globulus), acácia (Acacia melanoxylon) e outras espécies exóticas (como as pitosporáceas) inadequadas ao contexto natural, condicionou o desenvolvimento das espécies autóctones e endémicas.

Estas espécies ao beneficiarem de condições climáticas favoráveis ao seu desenvolvimento, transformaram-se por vezes em invasoras e agressivas para o meio (como é o caso da acácia). Segundo Pinto da Silva (1991), das 1050 espécies encontradas na serra cerca de 86% eram autóctones (das quais 9% eram endémicas).

Das restantes espécies (14%), um terço é originária de zonas tropicais e subtropicais do continente americano, 24% são euro-asiáticas, 15% são mediterrâneas e macaronésias, 11% são capenses, 8% provém de outras zonas tropicais e 7% da Austrália.

Em relação à origem das plantas autóctones, metade (51%) são mediterrâneas; as atlântico-mediterrâneas atingem valores de apenas 11%, as atlânticas de 5%, e as espécies eurasiáticas (e holoárticas) são inferiores a 18%. 

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